A escolha do cateter periférico para cada paciente

Você sabia que 90% dos pacientes internados recebem um dispositivo de acesso vascular periférico¹ e até 50% desses acessos falham por complicações² antes do fim da terapia? A segurança do paciente e a qualidade do uso de acessos vasculares dependem do planejamento da terapia infusional, iniciando com a escolha do melhor tipo de cateter para cada paciente.

Planejar a terapia infusional exige um olhar às necessidades e características individuais do paciente e a escolha compartilhada do melhor dispositivo, com base nas condições da rede venosa e na história pregressa de punções, medicamentos prescritos, tempo de uso previsto, dispositivos disponíveis no serviço de saúde, habilidade da equipe para inserção e manutenção da tecnologia proposta e custo-efetividade do dispositivo.³  

Mas como eu faço a seleção de cada cateter periférico?

Segundo a ANVISA, deve-se selecionar o cateter periférico com base no objetivo pretendido:
• Duração da terapia;
• Viscosidade;
• Componentes do fluido;
• Condições do acesso venoso do paciente.

O cateter periférico não deve ser utilizado para infusão contínua de terapia vesicante, nutrição parenteral com mais de 10% de dextrose ou outros aditivos que resultem em osmolaridade final acima de 900 mOsm/l ou qualquer solução com osmolaridade acima de 900 mOsm/l. ⁴

Qualquer dispositivo para acesso vascular, periférico ou central representa um risco potencial e variável de complicações que pode ser minimizado mediante critérios de escolha e adequação do dispositivo. Estudos sobre eventos adversos relacionados aos cateteres periféricos apontam flebite, extravasamento, infiltração, obstrução e remoção acidental como os principais incidentes desses dispositivos.^5,6

Durante a pandemia, o paciente portador da COVID-19 precisa ainda mais da linha venosa para o sucesso do seu tratamento. A escolha do dispositivo correto, bem como a sua manutenção, se torna de extrema importância para a sua melhora.

Por isso, é importante a educação dos profissionais de saúde envolvidos no processo de seleção, inserção, cuidado e manutenção dos acessos vasculares para a prevenção de complicações. Garantindo assim que toda a equipe envolvida neste processo tenha participado de um programa educacional relacionado às boas práticas da terapia infusional. ²

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