Anestesia raquidiana: qual agulha escolher?

Selecionar a agulha ideal para um procedimento anestésico neuroaxial pode ser um grande desafio, pois além da habilidade do médico, outros fatores devem ser levados em consideração.

Em um mundo ideal, a agulha raquidiana exemplar seria fácil de usar, teria uma baixa taxa de falha e estaria associada a uma baixa incidência de cefaleia pós-punção dural (CPPD), a complicação mais comum deste procedimento.¹

Para chegar mais perto desse ideal, os fatores a serem considerados incluem: confirmação rápida da detecção de líquido Cefalorraquidiano (LCR), atraso mínimo antes da injeção de anestésico local e baixa resistência à injeção, que reduz a pressão de injeção e, portanto, a possibilidade de mudar a posição da agulha.¹

Reduzir o calibre da agulha e alterar o desenho da ponta da agulha têm sido duas estratégias eficazes para diminuir a incidência de CPPD.2

Carson et al, demonstraram em um in vitro de LCR que a agulha Whitacre 27G, atraumática com ponta de lápis, possui um tempo de detecção de LCR imediato, também tem um atraso razoavelmente curto antes da injeção e uma resistência à injeção relativamente baixa. Uma baixa incidência de CPPD (0,4%) posiciona-o favoravelmente diante de agulhas de calibre maior.^1,2

As agulhas raquidianas de escolha são os tipos Whitacre pequena 25G e 27G.